quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DIONISIO - CELEBRANDO A PRIMAVERA COM O LOUCO




Representando a alegria e a fertilidade da natureza, Dionísio é a figura perfeita do Arquétipo do LOUCO do Tarot. 
No nível psicológico, O Louco, configura a imagem do impulso misterioso dentro de nós, aquilo que nos impele para o desconhecido. Diôniso, representa o impulso irracional que provoca a mudança, a abertura de caminhos e a ampliação dos horizontes desconhecidos. Nosso lado conservador, observa horrorizado esse espírito jovem e indomado que se prepara para saltar num abismo, sem um mínimo de hesitação. Representa o impulso em direção à mudança, algo que surge do nada, que não possui base ou argumentação racional e tampouco foi preparado ou projetado anteriormente. O louco está no início de sua viagem e, sempre que somos acometidos pelo impulso misterioso que ele representa, nós também nos colocamos no umbral de uma nova jornada. O louco é uma figura ambivalente, pois não existe garantia, no início de cada viagem, de chegarmos a salvo ou mesmo de chegarmos ao fim dela. Mas não começar a viagem seria negar todo o potendial jovem e criativo que existe em nós mesmos. 
O Louco indica o advento de um novo capítulo da vida. Existe o risco, mas também o desejo de saltar no desconhecido. O Louco é tão ambíguo quanto Dionísio, pois jamais conseguiremos distinguir a percepção divina contida no impulso do fato de estarmos agindo tolamente.
Dionísio nos proporciona uma sabedoria divina que está dentro de nosso ser, uma sabedoria intuitiva que possuímos e nos esquecemos de seu valor. Uma sabedoria do coração que nos ensina sobre a morte, a vida, as emoções e diversos aspectos que fogem a nossa razão.
Esse deus misterioso era chamado de O Que Nasceu Duas Vezes, filho de Zeus, deus dos deuses e da mortal Sêmele, princesa de Tebas. Hera, esposa imortal de Zeus, enfurecida com sua infidelidade disfarçou-se de ama-seca e foi ter com Semele, ainda grávida, persuadindo-a a pedir a Zeus que se mostrasse em todo seu esplendor e glória divina. Zeus que prometera nada negar a Semele, atendeu ao pedido e ela, não suportando a visão do deus circundado de clarões, caiu fulminada. Zeus apressou-se a retirar a criança que ela gerava e ordenou que Hermes, o mensageiro dos deuses a costurasse em sua própria coxa. Assim, ao terminar a gestação Dionísio nasceu perfeito. Hera recorreu aos Titãs, ordenando que matassem a estranha criança de chifres. Zeus intercedeu novamente e colocou seu coração que ainda batia em uma poção, dando-a de beber à Perséfone, futura esposa de Hades, que engravidou e deu à luz novamente a Dionísio. 
Dioníso era bom e amável àqueles que o honravam, mas trazia loucura e destruição para aqueles que desprezavam as orgias a ele dedicadas. De acordo com a tradição, Dioníso morria a cada inverno e renascia na primavera. Para seus seguidores, este renascimento cíclico, acompanhado pela renovação da terra com o reflorescer das plantas e a nova frutificação das árvores, personificavam a promessa da ressurreição de Dioníso. O festival mais importante, as Dionisíacas, era celebrado em Atenas por cinco dias a cada primavera. Foi para estas celebrações que os dramaturgos Ésquilo, Sófocles, e Eurípides escreveram suas grandes tragédias. Por volta do século V a.c. Estas celebrações frenéticas, que provavelmente se originaram em festivais primaveris, ocasionalmente traziam libertinagem e intoxicações. 
Deus do vinho e da vegetação, que mostrou aos mortais como cultivar as videiras e fazer vinho. Filho de Zeus, Dioníso normalmente é caracterizado de duas maneiras. Como o deus da vegetação - especificamente das árvores frutíferas - ele freqüentemente é representado em vasos bebendo em um chifre e com ramos de videira. Ele eventualmente tornou-se o popular deus do vinho e da alegria, e milagres do vinho eram reputadamente representados em certos festivais de teatro em sua homenagem. Dioníso também é caracterizado como uma divindade cujos mistérios inspiraram a adoração ao êxtase e o culto às orgias. As bacantes eram um grupo de devotos femininos que deixavam seus lares para vagar de maneira errante em busca de êxtase em devoção à Dioníso. Usavam peles de veado e a eles eram atribuídos poderes ocultos. 

Fonte: geocities.yahoo.com.br

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